Origins Of Astrology - Jack Lindsay

"Origins of Astrology", de Jack Lindsay, é uma obra acadêmica que mergulha nas raízes históricas e culturais da astrologia. Longe de ser um manual sobre como interpretar mapas astrais, o livro é um estudo aprofundado que traça a evolução da astrologia desde suas origens na Babilônia antiga até sua forma moderna.

Principais Pontos do Livro

1. Origens Babilônicas e Mesopotâmicas: Lindsay argumenta que a astrologia não foi inventada de repente, mas evoluiu de práticas astronômicas e religiosas na Mesopotâmia. Ele explica como os antigos babilônios observavam o céu para prever eventos sazonais e como essa prática se transformou gradualmente na crença de que os movimentos dos corpos celestes influenciavam a vida humana. Para eles, o céu era um livro de presságios, com os deuses se comunicando através de fenômenos celestes como eclipses e cometas.

2. A Influência Grega e a Popularização: O livro detalha como a astrologia foi absorvida e transformada pela cultura grega. Os gregos, com sua abordagem filosófica e matemática, sistematizaram o conhecimento babilônico. Eles criaram o zodíaco de 12 signos e desenvolveram os conceitos de horóscopo e casas astrológicas. Isso marcou a transição da astrologia como uma ferramenta de presságios para os reinos e reis para uma prática mais pessoal, usada para prever o destino individual.

3. Astrologia e a Filosofia Antiga: Lindsay explora a profunda conexão entre a astrologia e as escolas de pensamento da Antiguidade, como o Estoicismo. Para muitos filósofos da época, a ordem e o movimento dos planetas eram prova de um cosmos racional e divinamente ordenado. A astrologia se encaixava perfeitamente nessa visão de mundo, onde o macrocosmo (o universo) refletia o microcosmo (o ser humano).

4. A Perseguição e a Sobrevivência: O autor também documenta o declínio da astrologia na era cristã primitiva, quando ela foi vista como uma ameaça ao conceito de livre-arbítrio e à supremacia de Deus. No entanto, ele mostra como a astrologia sobreviveu e ressurgiu em diferentes culturas e épocas, como no mundo islâmico, onde foi preservada e expandida, e no Renascimento, onde foi novamente abraçada por acadêmicos e cientistas.